A neuroliderança se define principalmente como sendo o campo de estudos que desenvolve uma correlação entre alguns aspectos específicos da neurociência e práticas e estratégias do desenvolvimento de competências de um líder. Pensamento endossado por David Rock, autor australiano e criador da metodologia de Neurocoaching, a neuroliderança se apresenta como um compilado de técnicas de interação pessoal e coletiva que possibilitam viabilizar e potencializar o exercício de funções de responsabilidade de um líder. Podemos citar como tais funções o desempenho saudável sob pressão, a busca pela solução de problemas, a tomada ágil de decisões e o aprimoramento do ambiente organizacional.

Com a disseminação das variadas crises dentro do contexto empresarial e com o cenário profissional cada vez mais competitivo e escasso, os colaboradores de uma companhia se enxergam por consequentes vezes sem a orientação e direcionamento adequados de um profissional apto a liderar. Encontrar quem lidere com eficiência e qualidade uma equipe numerosa e diversa sem deixar a peteca cair e sem abandonar a motivação e a paciência não é tarefa fácil. É aí que entram a neurocomunicação e a neurolinguística, duas ferramentas extremamente importantes para a formulação do perfil ideal de liderança.

Quando executadas, ambas convergem-se em táticas essenciais para ampliar o controle e interpretação das próprias emoções, adequar os comportamentos e atitudes aos ofícios da nova função e ainda fluidificar a integração entre os colaboradores e o futuro líder. A neurociência se tornou com o tempo um dos tópicos mais explorados pelas empresas, principalmente pelo fato da técnica ter se tornado método indispensável para a recolocação e adaptação de profissionais candidatos a líder, trazendo além de melhores resultados a curto e longo prazo, um significativo salto na qualidade de vida dentro da corporação.

A neurolinguística nada mais é do que o estudo das formas de compreensão, interpretação e resposta transmitidas pelo cérebro humano quando o mesmo é apresentado a diferentes métodos de linguagem, como por exemplo a linguagem imagética ou a linguagem de sinais. Através da análise desses aspectos cognitivos podemos calcular e planejar por exemplo campanhas publicitárias mais atrativas e até oferecer de forma não-verbal exatamente o que o seu cliente busca, o que torna a neurolinguística provavelmente a ferramenta mais versátil e poderosa da neuroliderança. Aplicar a neurocomunicação dentro do seu cargo de liderança pode parecer complicado e cansativo, mas pode facilmente ser exercido diariamente no exercer de funções cotidianas como reuniões, planejamento de projetos, conversas casuais e dinâmicas de equipe. Para se aprofundar no tema, existe a Programação Neurolinguística (PNL), que é uma abordagem referente a comunicação que estuda a conexão entre representações neurológicas e os variados tipos de linguagem utilizados por nós com os perfis comportamentais mais comuns. Como se o nosso cérebro armazenasse reações comportamentais preestabelecidas obtidas através de experiências sensoriais vivenciadas ao longo da vida e que ao nos deparamos com alguma situação específica, nosso cérebro libera uma dessas reações baseando-se em alguma situação parecida que vivemos no passado.

Fazendo assim com que algumas reações sejam previsíveis e passíveis que aprimoramento quando exercitadas de forma adequada. Finalizamos frisando a importância do conhecimento da neurolinguística para alcançar e exercer com sabedoria qualquer cargo de liderança.

Um bom líder se define então pelo indivíduo que em sua totalidade consegue equilibrar bom convívio, boas práticas, linguagem acessível e persuasiva e a habilidade de derrubar muros e construir pontes no decorrer do exercício de suas responsabilidades. ­