Marketing Opus 05/04/2017

QUAL O TEMPO DO SEU TEMPO?

Por Wladimir Martins

Um dos meus valores é sempre chegar ao local dos compromissos, na hora em que ele foi agendado. Vejo, porém, que esta minha atitude me transforma em um ser anormal, já que a grande maioria das pessoas parece não se importar em comparecer aos eventos no horário agendado, o que a meu ver as torna insensíveis e um tanto deselegantes com os que seguem as regras estipuladas.

Parece que há uma inversão de valores, algo contraditório em que o errado da história é aquela pessoa que se compromete com o que foi combinado, como por exemplo, o horário agendado de um evento. Por diversas vezes presenciei gracejos, comentários a respeito, me fazendo acreditar que sou eu o errado, o “ponto fora da curva”.

A grande maioria das pessoas não sabem o valor do seu tempo e quanto tempo realmente tem de disponível, pois o utilizam de forma arbitrária e sem planejamento; mas o que é ainda pior é que com essa atitude acabam gastando também o tempo do outro, que muitas vezes é uma pessoa organizada, que não tem tempo a perder.

Por que os eventos não começam exatamente na hora marcada?  

Porque as pessoas não chegam no horário marcado?

Acredito que isso seja um problema cultural, já que vivemos no país “do jeitinho”, onde “para tudo dá-se um jeito”. O fato de os organizadores saberem disso é que os faz aceitar essa flexibilidade de horário.

Trata-se de um problema cultural, e as pessoas já se habituaram a chegar atrasadas, justamente por saberem que é raro um evento começar no horário.

A meu ver, para mudar essa maneira de pensar da maioria das pessoas, só educando as crianças, fazendo-as cumprir regras disciplinares, horários, para quando forem adultas, já estarem treinadas. Mas para o momento atual, com hábitos culturais arraigados, é um tanto difícil. Talvez através de muitos diálogos com ênfase nos direitos e deveres do cidadão, na necessidade de se respeitar o tempo do próximo, tanto de quem organiza, como de quem assiste ao evento, seja possível uma mudança de hábito, pois caso contrário, essa equação não fecha.

O que nós estamos fazendo com nossos valores, o quanto a distância deles nos transforma em seres sem respeito e sem empatia?

Nosso tempo é uma preciosidade e de maneira insensata, estamos degradando o mesmo por conta de um sistema cultural desgastado, diluindo de maneira abjeta o tempo de muitos e sem a preocupação de saber do outro, se ele quer fazer esta doação.

Será  que vamos continuar a conviver em uma sociedade sem respeito pelo outro, sendo cúmplices desse modelo corrompido?

Independentemente de ser o alvo muitas vezes, por chegar antes nos eventos e estar sempre presente na hora marcada, jamais desistirei de acreditar que este é o jeito certo, que esta é a melhor atitude; desrespeitoso é quem acha que deixar as pessoas esperando é algo louvável.

O meu tempo e o tempo dos outros, principalmente dos que assistem ás minhas palestras, são valiosos demais para serem desperdiçados com circunstâncias banais da vida, sem nenhum proveito. Vamos direcionar esse tempo para o que é realmente é importante.

Não façam como a maioria, façam diferente e respeitem o seu próprio tempo e o tempo do outro, pois desta maneira ambos estaremos aproveitando da melhor forma possível, aquilo que passa tão rápido, que às vezes não nos damos conta da perda, já que muitas vezes não teremos tempo de recuperá-lo e sequer uma oportunidade de fazer um “recall”.

Tenhamos respeito pelos que nos aguardam, pois, a essência de uma boa convivência é saber respeitar o seu espaço e o do outro!

 



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